- Malditos unicórnios! Esbravejou Gaetano chefe dos controladores. – Nunca sei onde se escondem. Indignou-se. Os unicórnios possuem espírito brincalhão, na medida dos golfinhos, são perfeitamente adaptados ao ambiente oscilante de Losargo. Eu explico, os unicórnios são seres mágicos e conseguem flutuar entra a realidade amarga e a inventividade real daquele universo. Vinha deles a chuva de ambigüidades que dominava o povo da região. Gaetano havia ordenado que os unicórnios liberassem no ar doses de dogmas religiosos com a intenção de amedrontar a população e aumentar a arrecadação de pedrinhas de vidros dourados que Gaetano pendurava no castelo de corais cintilantes que acabara de criar. Assim era Gaetano um controlador maluco sem objetivos maduros. Os irônicos unicórnios decidiram pregar uma peça em Gaetano e liberaram a consciência no universo. Agora todos ouviam uma voz invisível e muda que lhes faziam pensar. Foi lindo! Os unicórnios gargalhavam um sorriso contido enquanto o povo questionava Gaetano sobre sua existência e submissão. Gaetano não sabia como lidar com o ímpeto de sabedoria que aquele povo estava adquirindo e foi ao encontro do único ser capaz de domar os unicórnios, a donzela mais pura da região – Penélope - a Deusa do orvalho da manhã. Gaetano sabia convencer Penélope e apresentou os fatos de sua preocupação – O povo sem controle alimenta o caos. Penélope entendia o que o controlador lhe dizia, mas sabia também que a fome de conhecimento não seria suprida tão facilmente como Gaetano acreditava. Dos Unicórnios ela cuidaria, mas de persuadir o povo será outra história.
Mente Reveladora
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
terça-feira, 19 de outubro de 2010
A origem do preconceito
Um exemplo: quando era criança gostava de receber cosquinhas de pessoas mais velhas que não eram da família, amigos dos meus irmãos, e com o tempo passei a ser repreendido... a nossa mente de criança começa a sentir que aquilo que aparentemente era inofensivo e gostoso, pode ser completamente errado. Aquilo que dentro de nós é uma farra, para os adultos pode ser um pecado... enfim impomos limites na nossa cabeça de criança que cria os preconceitos e como não entendemos direito o motivo da indignação adulta, muitas vezes, os criamos ainda maiores do que realmente são. E assim, como bola de neve, este preconceito vai crescendo, tornando-se maiores do que daqueles que geraram esta semente preconceituosa na nossa personalidade, podendo até assumir proporções surreais que levam às atitudes incompreensíveis e aos atos desumanos praticados pelas pessoas.
O preconceito nos cerca, nos diminui, até virarmos adultos. Deveríamos crescer e voltar a ter a ingenuidade da criança, com a experiência dos velhos e a sabedoria do mundo.
conversa com a consciência
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O mundo tem esta intuição, um sexto sentindo, porém, o mundo precisa de mais tempo para tomar consciência dos fatos. O mundo levará algum tempo para perceber que somos as pragas que o adoece.
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Eu acho que tem esta energia que une os pensamentos das pessoas – um cosmo – uma organização das vontades mais íntimas e verdadeiras de cada um, que paralelo caminha o desejo unitário de um grupo de pessoas. Quanto mais cada indivíduo adquirir conhecimento e trasnformá-lo em sabedoria e depois em iluminação, este conhecimento poderá ser elevado ao desejo ideal da humanidade, a força suprema da mente – ao encontro do divino. Não um divino espiritual-religioso, mas o energético, o movimento do vazio mais completo existente na nossa imaginação. Aquela massa de energia invisível que imaginamos. Aquela força que nos alenta, nos motiva, nos domina, nos atrai, nos trai, nos sabota, nos deixa inseguros ou seguros... A energia que rege as leis existênciais
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Improbabilidade é uma das grandes forças do universo.
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segunda-feira, 18 de outubro de 2010
conversa com a consciência - a razão da existência humana
Penso que estamos analisando pela perspectiva errada a razão da existência humana. O ser humano individualmente é insignificante para o sistema de energias que rege as leis existênciais. Não é a alma que reencarna e mesmo que reencarne, o que isso muda para a nossa percepção individual como ser humano? Não é sua iluminação individual que importa para a existência, porque individualmente não terás força suficiente para modificar o sistema. Porém a humanidade unida, sim, tem este poder. Você é importante individualmente para o coletivo, para a humanidade e para as forças que regem as leis da existência.
O que devemos entender por reencarnação é o conhecimento adquirido pela humanidade durante a história conhecida. O que é real e que nos importa é que os antigos homens, através da filosofia, conseguiram perceber a existência destas forças que regem o universo. E o mais importante é que eles registraram isso através da palavra oral ou escrita. Estes registros formam a reencarnação do mundo. O objetivo era a busca da sabedoria da razão da nossa existência através da continuidade destes registros de pensamentos. O homem atual tem uma imensidade de informação que pode ser utilizada para a busca da iluminação, não só do indivíduo, mas da humanidade.
O ser humano deve buscar sua iluminação, porque desta forma, conseguiremos auxiliar o mundo a encontrar sua iluminação. O mundo não alacança sua iluminação através do conhecimento, para nossa percepção, esta iluminação irá se revelar fisicamente através da perpetuação do mundo e das espécies que o habitam. A iluminação do mundo é manter-se vivo. E a razão do homem hoje é impedir que o mundo acabe. E a razão da existência do homem é viver em harmonia com o mundo.
Uma analogia, já conhecida, e que ajuda a compreender a importância do homem no sistema das leis que regem a existência, é comparar o mundo com uma célula do fígado humano. O fígado é o universo que nós conhecemos e o homem é uma partícula que habita a célula. Dependendo das atitudes das partículas elas interferem na saúde da célula, que irá influenciar consequentemente na saúde do fígado. Uma célula podre sozinha não irá afetar o fígado ao ponto deste adoecer, porém, várias células doentes formarão um câncer que irá destruir o fígado.
Um único homem existindo no mundo mesmo que sua atitude fosse ruim poderia não prejudicar a exitência, porém a humanidade, como já estamos vendo, está se tornando o câncer do mundo. Nosso mundo adoecido irá descontrolar o sistema solar, que poderá criar, junto a outras sistemas doentes, o câncer no universo. A razão da existência humana é manter o equilíbrio do universo e por isso somos importantes como indivíduos. O próprio universo pode simplesmente ser uma pequena partícula de uma célula muito maior.
Um único homem existindo no mundo mesmo que sua atitude fosse ruim poderia não prejudicar a exitência, porém a humanidade, como já estamos vendo, está se tornando o câncer do mundo. Nosso mundo adoecido irá descontrolar o sistema solar, que poderá criar, junto a outras sistemas doentes, o câncer no universo. A razão da existência humana é manter o equilíbrio do universo e por isso somos importantes como indivíduos. O próprio universo pode simplesmente ser uma pequena partícula de uma célula muito maior.
Precisamos fazer o melhor para o nosso mundo, mantendo-o saudável, para isso precisamos nos manter saudáveis com consciência da nossa importância como grupo, tendo que ajudar outros homens para que todos tenham a mesma saúde e conhecimento – ou seja, iluminação – para que nossa função, dentro das leis que regem o universo, seja realizada mantendo a ordem e o seu equilíbrio natural.
Eu sempre fui o mais antigo dos pais nesta família. Era eu quem trazia comida para a mesa. Quem sustentava o lar. Essa é a função do homem. Agora te vejo nesta situação. Sua mulher trabalha fora e ainda por cima ganha mais do que você. Enquanto isso quem lava, passa, cuida dos filhos, tira o lixo é o homem. É a decadência da sociedade. Assim você não está somente arruinando o seu lar, mas este exemplo se for seguido por outras famílias irá destruir o mundo. Só falta entrar em uma aula de tricô. Quem é o homem nesta relação?
Observei meu pai com carinho, abracei-o e agradeci por ter uma mulher tão boa como a minha que me permite cuidar do lar. Com um sorriso no rosto dei meia volta e fui para aula de tricô.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Reviravolta
- Queremos ter voz ativa. Queremos nossos direitos. Queremos ser tratadas com igualdade. Queremos poder!
Algum tempo depois.
- Queremos homens mais românticos. Queremos ser mimadas. Queremos cuidar dos nossos filhos. Queremos mais tempo para nossas vidas. Queremos trabalhar menos. Queremos poder ... ser amadas!
Uns mais extremos que os outros.
Dois filósofos encontram-se num bar.
O problema da humanidade são estas atitudes extremistas forjadas no amor. Percebe que o amor extremo a uma religião acaba em guerra? Por exemplo, de um lado os muçulmanos explodindo tudo, do outro, a luta psicológica cristã assassinando inocentes. É sempre assim, o amor extremo por um país acaba em guerra, o amor extremo por uma sociedade acaba em guerra. Tudo acaba em guerra.
- É mesmo. Disse o amigo coadjutor. - Devíamos acabar com todos estes extremistas!
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Soberano
Ele chega. Todos o reconhecem, mesmo assim continua anônimo. Senta-se em seu trono soberano, imperador, entrega o cajado ao súdito que o posiciona ao lado da árvore.
A fila de miniaturas esperava ansiosa sua chegada. Ele sinaliza e elas vêm.
A alguns metros dali, duas senhoras que reconhecem sua identidade, conversam entre si.
- Ele era um menino tão bom.
- É verdade, eu o segurei no colo.
- Sempre atencioso com seus pais, se comportava muito bem. Um menino de ouro.
- É mesmo. O que será que aconteceu para chegar a este ponto?
As duas senhoras curiosas, entram na fila. Quando chega a vez, o súdito, intrigado, encara-as.
- Vocês não acham que estão muito crescidas para isso?
As senhoras se entreolham e em seguida soltam um sorriso.
- Não é nada disso, o conhecemos e viemos cumprimentá-lo.
- E quem não conhece? Respondeu o súdito deixando-as passar.
O soberano solta um simpático sorriso enquanto se aproximam. Ele sabe muito bem quem são aquelas senhoras.
- Sentem-se no meu colo. Disse ele desconcertando-as.
As senhoras negaram o convite.
- Lembra-se de nós? Éramos vizinhas de sua mãe. Como ela está?
Em seu trono, sem mover os lábios, olhou para seu súdito e pensou: Ela se adiantou e chegou primeiro do que vocês ao céu, ou será que foi ao inferno? O súdito parecendo compreendê-lo soltou um sorriso, fez que sim com a cabeça e se afastou.
- Ela está ao lado do criador. Disse em voz alta.
- ah... sinto muito. Ela era adorável. Mentiu uma das senhoras.
O soberano agradeceu com a cabeça.
- O que vocês querem?
Assustaram-se com a pergunta direta, apesar da voz suave do homem, trocaram olhares e uma delas incitou.
- Nossa! Sua educação de menino se perdeu a caminho da maturidade.
O soberano, de bochechas rosadas, barba e bigode brancos, ajeitou suas vestimentas na tentativa de defender sua pergunta e lembrá-las de quem ele era.
- É meu dever e é o que faço. Falou imponente. - Atendo a pedidos, isso, se as senhoras se comportaram bem este ano.
As duas examinaram com atenção o homem, parecendo meditar sobre o sentido da pergunta.
- E então, se comportaram? Indagou o soberano.
Desconfiadas e sem resposta, entregaram-se ao soberano.
- ah, pois bem, foi o que pensei. Jogou no ar sua expressão de desapontamento.
- Não é bem assim. Respondeu a que aparentava ser a mais nova delas. - Eu fui uma moça exemplar. Completou.
A amiga interrompeu com uma risada irônica.
- Vai me dizer que está acreditando nele depois de velha?
A amiga ficou encabulada.
- Eu não, é que... Ficou sem palavras.
- Quer dizer que foi exemplar? A mais velha seguiu provocando. - E as trapaças no bingo e as histórias que inventa do grande amor que perdeu na guerra?
- Não ouse falar uma coisa destas, sabe que não invento nada. Ou você quer que eu fale porque vai à missa todos os domingos? Respondeu com olhar de inquisição.
- Do que você está falando? Gaguejou a amiga.
- Pensa que não sei seus segredos, vai para a igreja se assanhar para os jovens.
- Sua... Houve uma pausa para escolher as palavras... - Sua velha abusada.
Dizem que envelhecemos e voltamos a ser crianças.
A conversa entretinha o soberano, mas seu súdito veio lhe lembrar de seus próximos compromissos. A fila havia aumentado, então retomou o trabalho e disse:
- Senhoras, senhoras, parem com isso. Vamos, digam, o que querem de mim?
Com as caras enfezadas bramiram, e desta vez, ele era o alvo.
- Por que não vai procurar um emprego de verdade e toma vergonha nesta cara? Você nem velho é. Disse com brados retumbantes.
- E ainda rouba emprego de quem precisa. Eu quase fiquei com pena de você. Sua mãe não iria gostar nada disso.
Ele, na sua majestade, simplesmente fitou-as e conciliou soberano.
- Quem procura o erro dos outros não resolve seus problemas. Vocês são experientes, passaram por tanto nesta vida e mesmo assim escolhem a desavença e vivem solitárias num mundo de intrigas, ao contrário, poderiam saborear a vida com estímulo e alegria, desejar o bem e oferecer amor voluntário.
Estavam desorientadas e seus rostos ficaram rubros como roupa de Noel.
- Aceitam balas? Perguntou enquanto revirava o bolso e oferecia um punhado.
Agradecidas curvaram-se, aceitaram a oferta, beijaram-lhe a mão e continuaram sem colo.
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