sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Fantasia


- Malditos unicórnios! Esbravejou Gaetano chefe dos controladores. – Nunca sei onde se escondem. Indignou-se. Os unicórnios possuem espírito brincalhão, na medida dos golfinhos, são perfeitamente adaptados ao ambiente oscilante de Losargo. Eu explico, os unicórnios são seres mágicos e conseguem flutuar entra a realidade amarga e a inventividade real daquele universo. Vinha deles a chuva de ambigüidades que dominava o povo da região. Gaetano havia ordenado que os unicórnios liberassem no ar doses de dogmas religiosos com a intenção de amedrontar a população e aumentar a arrecadação de pedrinhas de vidros dourados que Gaetano pendurava no castelo de corais cintilantes que acabara de criar. Assim era Gaetano um controlador maluco sem objetivos maduros. Os irônicos unicórnios decidiram pregar uma peça em Gaetano e liberaram a consciência no universo. Agora todos ouviam uma voz invisível e muda que lhes faziam pensar. Foi lindo! Os unicórnios gargalhavam um sorriso contido enquanto o povo questionava Gaetano sobre sua existência e submissão. Gaetano não sabia como lidar com o ímpeto de sabedoria que aquele povo estava adquirindo e foi ao encontro do único ser capaz de domar os unicórnios, a donzela mais pura da região – Penélope - a Deusa do orvalho da manhã. Gaetano sabia convencer Penélope e apresentou os fatos de sua preocupação – O povo sem controle alimenta o caos. Penélope entendia o que o controlador lhe dizia, mas sabia também que a fome de conhecimento não seria suprida tão facilmente como Gaetano acreditava. Dos Unicórnios ela cuidaria, mas de persuadir o povo será outra história.

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